segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Um Homem justo. Como poucos.


Aqui há uns dias , recebi um mail do Carlos Gil, dando-me a descobrir um Museu virtual dedicado a uma das pessoas mais justas que este país alguma vez teve: Aristides de Sousa Mendes.
Relembrar aqui o seu contributo para salvar centenas de vidas nunca será demais. Foi a sua atitude altruísta que permitiu a tantos refugiados chegarem a Portugal e daqui poderem partir para refazerem as suas vidas. E, Aristides de Sousa Mendes, fez o que a sua consciência lhe mandava, não o que lhe era indicado por Lisboa. Independentemente da origem ou credo das pessoas, o que se impunha era salvar vidas e, no que dependeu dele, muitas foram salvas. O preço a pagar foi, em termos materiais, grande: perdeu o emprego, foi posto de lado e morreu praticamente na miséria. Mas, certamente, orgulhoso e nada arrependido da sua atitude.
Naquele concurso (?) em que se pretendia escolher o melhor português de sempre, foi para ele o meu voto. Seria sempre ele quem eu escolheria em qualquer circunstância. Porque ele representa o que de bom este povo (às vezes) tem.
Sempre fui um apaixonado pela história e sempre gostei de ver um certo professor contar as estórias da história. Tive, no entanto, professores que me diziam que muito do que lá se contava não era bem assim, que não se podia comprovar muitos dos factos que lá se narravam... Por se tratarem de pessoas ideologicamente opostas ao dito professor, sempre pensei que tais comentários não seriam tão isentos como deviam. Depois de ler, na sua biografia publicada num jornal (do sobrinho), uma afirmação do dito professor, comecei a pensar que se calhar quem tinha razão eram aqueles que apontavam para a nudez do rei e para a sua falta de rigor.... Essencialmente, dizia o professor que Salazar nunca tinha demitido Sousa Mendes da função pública, o que em parte era verdade (só não o deixava trabalhar em lado nenhum) e afirmava que Sousa Mendes e o secretário do Consulado tinham ganho dinheiro com os vistos. Ou seja, tinham vendido os vistos e feito assim um bom pé de meia... Além de parar imediatamente de ler a referida biografia, dei-lhe o destino que merece: balde do lixo.
As homenagens a Aristides de Sousa Mendes têm-se sucedido, tanto em Portugal como noutros países, mas foi em Israel que mais se procurou honrar o seu nome.
Para que possamos honrá-lo minimamente, proponho então a visita ao seu Museu Virtual:

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