domingo, 1 de fevereiro de 2009

O sistema volta a atacar...









Havia há uns anos, um personagem que gostava de se armar aos cucos, recorrendo a expressões que entraram no vocabulário futebolístico. Tal personagem, conhecido por Zé do Boné, quando perdia tinha dois culpados garantidos. Umas vezes usava-os em simultâneo, outras nem por isso. Umas vezes era o sistema, outras eram roubos do tamanho da Torre dos Clérigos.



Lembro, como se fosse hoje, da final da Taça de Portugal da época 1979/1980, disputada no Jamor... Eu estava lá, atrás de uma das balizas, à espera de ver o Glorioso foder os andrades... Com o resultado já em 1-0 a nosso favor, golo de César, eis que o artista do boné resolve meter mais um avançado. Bom, avançado ele não era. Era mais tropeçado. Aquilo foi melhor que uma ida ao Circo ou um filme dos Monty Python... O tropeçado dos azeiteiros, de nome Bife, mal passava a linha de meio campo, certamente por defeito das botas, começava a desiquilibrar-se. Conseguia ir assim até perto da grande área Benfiquista, onde se estatelava com grande aparato, para desespero seu, dos seus colegas andrades e de quem lhe tinha dado a táctica. Juro que poucas vezes me ri tanto na minha vida!!


No fim do jogo, lá veio o roubo e o sistema, com o palhaço do boné a reclamar nada mais, nada menos do que 5-penalties-5! Modesto, como sempre, já que devem ter sido uns 20... Reparemos agora na irritação do preparador físico dos azeiteiros/andrades (seria o Bitaites?), chamando mafiosos e comunistas aos Benfiquistas (eu que até sou de direita e tudo...). Quando o personagem do boné partiu (tarde. muito tarde...), deixou por todo o lado uma trupe de seguidores (Octávio, João Pinto, etc..) que se encarregaram de continuar a sua obra. Os cargos de decisão do futebol português mais importantes, nomeadamente a arbitragem, ficaram durante muitos anos nas mãos (patas?) dos Pintos, Adriano e Lourenço (este último advogado do sr. dos gazes).




Hoje, o tal sistema voltou a atacar. Vejamos o que relata o pasquim, orgão oficioso dos azeiteros, acerca do jogo Estoril 2X1 Olhanense:

"...Com futebol mais envolvente e consistente, os visitantes chegaram à vantagem aos 15 minutos, com Rui Duarte a concluir uma jogada rápida de Ukra.
Mas, depois de Márcio Ramos ter impedido o golo de João Paulo Oliveira, aos 18 minutos, Bruno Veríssimo cometeu um erro aos 34 minutos que transfigurou o cariz do encontro de forma irreversível.
A bola foi atrasada para o guarda-redes do Olhanense e este pretendeu devolvê-la ao meio campo, mas o remate saíu muito defeituoso, permitindo a Manuel Curto captá-la e correr para a área sozinho.
Steven Vitória acorreu e, fora da área, cortou a bola, sem evitar o derrube do avançado do Estoril-Praia, com o árbitro Augusto Costa a considerar falta para cartão vermelho.
Com a expulsão de Steven Vitória, Jorge Costa abdicou do avançado João Paulo Oliveira, que se estreou no Olhanense, cedido por empréstimo pelo Belenenses, para colocar um defesa e não perder o equilíbrio defensivo.
O segundo tempo revelou um Estoril-Praia dominador, beneficiando do facto de actuar com mais uma unidade, e no espaço de 16 minutos, Luís Carlos, de pequena estatura, surgiu solto na área por duas vezes para, de cabeça, marcar dois golos e manter a invencibilidade dos estorilistas em casa no campeonato.
A formação algarvia perdeu capacidade atacante - os lampejos de Ukra foram inconsequentes - e Jorge Costa apostou em dar outra dinâmica aos 78 minutos com as entradas de André Carvalhas e Moses, com este último a recuperar a referência atacante que perdeu com a saída de João Paulo Oliveira.
O treinador do Estoril, João Carlos Pereira, reforçou o meio campo e manteve a agressividade e a vantagem justa, frente a uma equipa de qualidade superior, mas que foi afectada pelo lance em que o árbitro ajuizou erradamente."
Jogo.pt






Resumindo e concluíndo, opção errada da Direcção do Olhanense em contratar para treinador aquele discípulo da "cultura desportiva bonezeira", conhecido pelo carinhoso nome de Bicho. E ter jogadores emprestados pelos andrades/azeiteros de nada serve. O Olhanense NÃO SOBE DE DIVISÃO. Nem que a vaca tussa e o crocodilo se contipe. O sistema não deixa.

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